domingo, 1 de maio de 2011

Gerência de Arquivos

      O sistema de arquivos do SOLARIS é baseado em uma estrutura de diretórios em árvore, não existindo dependência entre a estrutura lógica desses diretórios e o local onde os arquivos estão fisicamente armazenados. Esse modelo permite que uma estrutura seja formada por diferentes discos, inclusive em estações remotas.
     Utilizando uma arquitetura denominada Virtual File System (VFS), o SOLARIS proporciona uma interface padrão para diferentes tipos de sistemas de arquivos, uma vez que essa arquitetura permite ao kernel do sistema controlar operações básicas como ler, escrever ou listar arquivos, sem que seja necessário um conhecimento do tipo de sistema de arquivos, tanto pelo usuário quanto pelo programa.
Existem três tipos de arquivos no SOLARIS: diretórios, que podem conter arquivos ou outros diretórios; arquivos regulares, contendo qualquer tipo de dado que o usuário deseje; e arquivos especiais, que, como já visto, estão associados a dispositivos de entrada/saída (locais ou remotos).
      O SOLARIS suporta três tipos de sistema de arquivos: sistema de arquivos baseados em disco, que podem ser escritos em diferentes formatos e são armazenados fisicamente em discos flexíveis, discos rígidos ou CD-ROMs; sistema de arquivos virtual, baseados em memória para proporcionar acesso ao núcleo do sistema sem utilizar espaço em disco; e sistema de arquivos baseado em rede, que são acessados através da rede.
      Existem dois tipos de sistema de arquivos baseados em rede, o Network File System (NFS) e o Remote File Sharing (RFS). O NFS habilita computadores e arquiteturas diferentes - utilizando diferentes sistemas operacionais - a compartilhar arquivos através de uma rede. Dessa forma, qualquer computador tem acesso aos arquivos de outro computador. A diferença entre o NFS e o RFS, é que, enquanto o primeiro gera um sistema de arquivos genérico, este último provém uma cópia exata de um sistema de arquivos UNIX.
Por ser um sistema operacional multiusuário, o SOLARIS necessita de segurança para o sistema de arquivos. Cada arquivo apresenta um nível de proteção definido pela categoria do usuário. Todo arquivo ou diretório possui um user que pertence a um grupo. Qualquer usuário que não seja dono do arquivo e não pertença ao respectivo grupo, enquadra-se na categoria others. Por fim, o administrador do sistema, chamado de root, tem acesso irrestrito a todos os arquivos. Dependendo da categoria do usuário, três tipos de acesso podem ser concedidos, read, write ou execute.
Grande arquivos no Solaris:
      Chegamos, finalmente, ao ponto que queríamos sobre o sistema de arquivos do Solaris. Demos uma grande visão sobre o sistema de arquivos e agora podemos explicar como o Solaris dá suporte a grandes arquivos.
      Como explicado anteriormente, no sistema ufs uma estrutura vnode aponta para um inode. E é nesse inode que fica armazenado os blocos que pertencem ao arquivo.
O número máximo de blocos vezes o tamanho de cada bloco que um inode pode referenciar é o obrigatoriamente o tamanho máximo que um arquivo no Solaris pode assumir. Lembrando que no sistema ufs cada bloco possui o mesmo tamanho.
Assim, para descobrir um tamanho máximo de um arquivo no Solaris temos que entender a estrutura inode.
Cálculo do tamanho máximo de um arquivo no SOLARIS:
Basta calcular o número de blocos que o inode pode referenciar para que encontremos o tamanho máximo de um arquivo. No Solaris cada bloco possui 4K. Assim, os ponteiros diretos referenciam: 48K (4K x 12).
Os ponteiros indiretos apontam para outro bloco que está cheio de ponteiros para blocos de dados. Cada ponteiro ocupa 4 bytes, então um bloco contém 1K ponteiros. Isso provê acesso a arquivos de até 4 Mb mais 48 K [ (4K x 12) + (1024 x 4K) ].
Os ponteiros duplos indiretos apontam para blocos de ponteiros, que por sua vez apontam para blocos de ponteiros e que finalmente apontam para blocos de dados. Assim é possível ter arquivos de 4 Gb mais 4Mb mais 48 K
[ (1024 x 1024 x 4k) + (1024 x 4K) + (4K x 12) ] 

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